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Problemas Em Embalagens Para Fitosanitários E Zoosanitários E Soluções

– AGROQUIMICOS (fitossanitários) e  DOMISSANITÁRIOS

– ZOOSANITARIOS

Processos para criação de barreira a gases, odores, gorduras, aromas e C0² .

 

Embalagens com problemas de permeação  Colapso/R E C H U P E

 

Atualmente, os tanques de gasolina feitos de plástico estão ganhando mercado substituindo aqueles feitos de metal. Vantagens óbvias, como redução de custos, de peso, maior resistência ao rompimento e maior facilidade de produção, pesam significantemente na sua escolha. Outra vantagem é a possibilidade de produzi-los em formas complexas, tornando-os capazes de se acomodar em reentrâncias e pequenos espaços, coisa impossível de se fazer com os tanques feitos de aço.

Os tanques de combustíveis feitos de HDPE (PEAD) , maior área de aplicação em moldagem por sopro na indústria automobilística, também apresentam problemas de permeabilidade. Os hidrocarbonetos incham o HDPE em torno de 5-10%. Os coeficientes de difusão de hidrocarbonetos em HDPE são da ordem de 10-8 cm2/s, resultando em uma velocidade de permeação de 8g/dia. Nos Estados Unidos, novos regulamentos requerem reduções significantes na permeação de hidrocarbonetos (0,1g/dia). Combustíveis contendo metanol parecem apresentar menor permeabilidade[6]. O mercado de tanques plásticos de combustível movimenta em torno de 800 toneladas/mês de HDPE[7]

As embalagens plásticas para produtos químicos ( defensivos agrícolas), normalmente feitas de HDPE, sofrem esse mesmo problema de permeação. Os frascos plásticos permeáveis a solventes e gases, hermeticamente tampados, adquirem aparência “chupada”, pois sofrem colapso devido à gradual formação de vácuo interno causado pela perda de material. As soluções de cloro para tratamento de piscinas podem perder quase todo o agente ativo ao serem envasadas em embalagens de HDPE.

O caso mais problemático é o de defensivos agrícolas, que são comercializados em veículos líquidos orgânicos. O vazamento de vapores tóxicos acarreta riscos de segurança e de saúde a quem os manuseia. As embalagens de defensivos agrícolas são de grande importância econômica para nosso país, que mantém grande atividade agrícola. A manipulação de defensivos é muito problemática devido a contaminações por parte dos trabalhadores rurais. Somente no Brasil foram consumidas em 2010 aproximadamente 80 milhões de embalagens de defensivos..

Agravando o problema, sabe-se que o consumidor brasileiro não é exigente e aceita produtos de péssima aparência, oferecidos em embalagens colapsadas.

São apresentadas duas soluções adotadas pelo mercado para resolver o problema e uma proposta pelo presente trabalho:

 

a) Uso do processo de fluoretação[9]

O tratamento superficial dos frascos de HDPE com gás flúor eleva a impermeabilidade da resina a fluidos orgânicos. Não há restrições para a reciclagem de frascos de HDPE fluoretado.

Há dois processos de fluoretação:

1. Processo descontínuo: o frasco previamente soprado é reaquecido e submetido a ambiente rico em flúor (mistura de 1-3% em volume de flúor em nitrogênio) no interior de uma câmara hermética durante alguns minutos. O flúor reage superficialmente com a resina, levando à substituição parcial de átomos de hidrogênio do polímero pelos de flúor. A macromolécula fluoretada diminui a permeabilidade a solventes e gases orgânicos.

2. A outra técnica consiste na injeção de flúor diluído em nitrogênio durante a produção dos frascos, ainda na sopradora.

Embora o tratamento da superfície interna em recipientes de HDPE com gás flúor tem reduzido a permeabilidade a fluídos orgânicos, estudos mostram que a durabilidade desse tratamento não tem vida longa. O flúor é um produto caro e importado e somente os portos de Santos e Rio de Janeiro são qualificados para o seu desembarque. A alta toxidade do flúor exige medidas de segurança extremas que são responsáveis pelo encarecimento do transporte e da unidade de fluoretação. O transporte rodoviário é feito em container acompanhados de batedores em todo o trajeto. No caso dos tanques de gasolina, acresce o fato de que a composição da gasolina comercializada no Brasil apresentar álcool, cuja presença pode piorar o desempenho dos tanques fluoretados. Assim, pode-se concluir que a fuoretação não parece ser a melhor solução para os problemas de permeabilidade.

 

b) Uso de materiais multicamadas – COEX

Outra possibilidade para minimizar o problema de permeabilidade seria com a utilização do artefatos obtidos por coextrusão. O material final é composto por várias camadas, sendo que algumas são mais impermeáveis ao produto químico em questão. Um exemplo desse processo é o que já está ocorrendo no Brasil na obtenção de tanques de gasolina nas montadoras da Volkswagem/Audi no Paraná. O tanque é moldado com 6 camadas: HDPE, HDPE regranulado (recuperado), adesivo, poli(etileno-co-acetato de vinila) hidrolizado (EVOH) e HDPE pigmentado. A permeabilidade do tanque é em torno de 0,2 g/dia. Porém, também como a solução acima apresenta dificuldades, como com a nova composição passa-se a exigir formulações mais nobres como ao de adesivos e EVOH, respondendo a um incremento entre 20 a 30 % no custo de matéria-prima. Não esquecendo das despesas com relação ao equipamento que é de 60-70% maiores que de uma sopradora convencional; e, a produção é mais lenta[7].

 

c) Uso do processo BLOCKTainer (FADA)

No uso de bombonas e frascos soprados é uma exclusividade FADA Plásticos para solucionar esses problemas tão graves: a permeabilidade do HDPE poderia ser melhorada com a adição do PA/EVOH,  a processabilidade desse composto necessita um equipamento e adaptacoes especiais as quais serao enviado em separado, para melhor compreensao… Esse material poderá ser processado por uma extrusora-sopradora mono ou COEX., num  processo de custo mais barato.

O PA/EVOH sao resistentes a permeabilidade  muitos produtos químicos[10], tais como, alcoóis (metanol, etanol, glicol, glicerina), hidrocarbonetos ésteres/aldeídos (alifáticos, benzeno, tolueno, xileno, tricloetileno, tetracloreto de carbono, acetato de etila, acetaldeído, formaldéido), ácidos (fórmico 50%, clorídríco 10%, nítrico 10%, sufúrico 10%, acético, fosfórico (seco), ácido salícilico), sais (cianetos, fluoretos, bicromatos) e outros (parafinas, canfora, óleo de oliva, água oxigenada, mercúrio, éter, hidróxidos de sódio 10%).

As embalagens BLOCK  HDPE/ PA-EVOH compatibilizadas,  podem ser utilizadas nos seguintes mercados de embalagens em que a transparência não é requerida, tais como produto de limpeza, defensivos agrícolas, lubrificantes, thinner, óleo de linhaça, removedores de manchas, querosene e tintas. Também os tanques de gasolina são um mercado promissor para as misturas em questão.